Muitas são as dúvidas sobre a vacina contra a gripe, muitos mitos são levantados em relação a vacina, mas afinal, o que é ou não verdade? Baseada nisso, a pediatra
infectologista Adriane Cruz, do Hospital Quinta D’Or do Rio de Janeiro, resolveu
levantar as principais dúvidas e esclarecê-las de uma forma bem simples:
Quem toma a vacina ficará gripado logo após?
Mito. Trata-se de uma vacina inativada (morta), incapaz de gerar doença. O
sintoma mais associado após a vacina é vermelhidão no local da aplicação e
febre, que ocorrem de 6 a
24 horas após.
Há substâncias cancerígenas nos componentes da vacina?
Mito, totalmente infundado.
Há riscos para os bebês de grávidas que são vacinadas?
Mito. Aliás, a gestação é um excelente momento para vacinar. O bebê ficará
protegido por passagem de anticorpos via placenta até que possa receber a
vacina. As grávidas têm maior risco de desenvolver formas graves de doença, com
altas taxas de mortalidade.
Crianças muito pequenas não devem tomar a vacina por não
terem formado o sistema imunológico?
Mito. A vacinação básica deve ser iniciada logo ao nascimento com a BCG e a
hepatite B. A vacina contra influenza está indicada para os maiores
de 6 meses.
A vacina só deve ser tomada em risco de epidemia?
Não. Trata-se de uma doença viral, altamente contagiosa, afetando todas
as idades com altas taxas de morbidade e mortalidade a cada ano. Apesar de
ser auto-limitada na grande maioria das vezes, há possibilidade de
complicações, independentemente de estarmos diante de epidemia. Considerar tal
vacinação, sempre que houver possibilidade.
Muitas pessoas também não tomam a vacina porque pensam que
estão servindo de cobaias para um teste que está sendo aplicado. A vacina já
foi testada há quanto tempo?
Mito. Vacinas
contra influenza são utilizadas há décadas em vários países do mundo. No
Brasil, o Ministério da Saúde vem realizando campanhas anuais contra influenza
desde 1999 com redução significativa das taxas de mortalidade por influenza e
complicações relacionadas.
Segundo a Dra. Adriane Cruz, a influenza pode causar
doenças graves em qualquer indivíduo, embora seja para complicações nos
seguintes grupos de risco: crianças pequenas e idosos, pessoas portadoras
de doenças crônicas (AIDS, diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos
pulmões e dos rins), imunodeprimidos, gestantes no 2° e 3° trimestres de
gravidez e recém-nascidos. Há contraindicações apenas para pessoas com história
prévia de reação alérgica grave a ovo ou outros componentes da vacina.
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